O Palácio de Festivais viu estrelas como Russel Crowe, Naomi Watts, Juliette Binoche e Michael Douglas desfilando por seu tapete vermelho, enquanto os hotéis luxuosos de Cannes abrigaram incontáveis festas para ricos e famosos.
Mas a chuva e as tardes frias, assim como perturbações de viagem pelo vulcão islandês, fizeram com que a 63ª edição do festival de 12 dias fosse certamente mais obscurecida que o comum.
"Mas é ainda o principal festival do mundo, mesmo que não seja o seu melhor ano", afirmou Xan Brooks, um crítico do jornal The Guardian, que aponta Leigh e o diretor francês Xavier Beauvois como favoritos para a Palma de Ouro.
O filme de Leigh, "Another Year", parece pouco dramático no papel: um ano na vida de um casal feliz, interpretado por Jim Broadbent e Ruth Sheen.
Mas Leigh insistiu durante sua viagem a Cannes que os pequenos dramas familiares representam a descoberta da fascinação em pessoas chamadas de "comuns" ou que têm vidas "chatas".
O diretor britânico encara uma forte competição de seu compatriota Ken Loach com o filme "Route Irish", um drama sobre o Iraque que mostra o obscuro mundo dos seguranças particulares no país.
A guerra foi um tema recorrente no festival desse ano, com Sean Penn e Watts estrelando "Fair Game", a história real de uma agente da CIA traída pela administração Bush e filmada pelo diretor de "A identidade Bourne", Doug Liman.
Ele conta como a glamourosa espiã Valerie Plame foi delatada pela vingativa Casa Branca após seu marido diplomata afirmar em um jornal que Saddam Hussein estava trabalhando para criar armas de destruição em massa
A Segunda Guerra Mundial chegou a Cannes com "Burnt by the Sun 2", do diretor russo Nikita Mikhalkov, que apresenta a invasão nazista à Rússia, com o próprio Mikhalkov atuando como um general.
O principal no-show do festival foi a lenda Jean-Luc Godard, que culpou "problemas de um tipo Grego" para ficar de fora da première de seu último filme, "Film Socialism".